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O cérebro como antena!

Atualizado: 1 de out.

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Você já parou para pensar que nosso cérebro funciona como uma antena? Ele não apenas processa o que vemos e ouvimos, mas capta frequências o tempo todo — sejam sons, ondas eletromagnéticas ou até vibrações emocionais de quem está ao nosso redor.

A ciência mostra que o cérebro é extremamente sensível. Estruturas como o córtex auditivo, o hipocampo e a amígdala reagem a cada estímulo sonoro que recebemos. Ao mesmo tempo, áreas como o córtex pré-frontal e o cíngulo anterior sofrem impacto de ondas externas, como as emitidas por aparelhos eletrônicos e redes Wi-Fi.


As ondas invisíveis

Pesquisas recentes investigam como a exposição constante a campos eletromagnéticos — como os de celulares e Wi-Fi — pode interferir em processos cerebrais sutis, como o ritmo das ondas alfa e theta, ligadas ao relaxamento e à criatividade. Ainda que os efeitos estejam em debate, muitos cientistas apontam que essa saturação de frequências externas pode estar associada a insônia, ansiedade e fadiga mental.


Os sons que ferem

Se o invisível já nos afeta, imagine o que acontece quando estamos expostos a ruídos intensos e contínuos. Eu mesma moro em uma avenida muito barulhenta: ônibus passando, buzinas incessantes, motos acelerando com aquele som que rasga os tímpanos.

Esse excesso de ruído ativa de forma repetida a amígdala cerebral, responsável por identificar ameaças. O cérebro interpreta o barulho como perigo constante, liberando cortisol, o hormônio do estresse. Com o tempo, isso pode gerar:

  • aumento da ansiedade,

  • dificuldade de concentração,

  • alterações no sono,

  • e até impactos cardiovasculares.

Em outras palavras: o ruído urbano não apenas irrita — ele desregula o equilíbrio do corpo inteiro.


Como se proteger

Não podemos controlar todos os sons à nossa volta, mas podemos criar ilhas de silêncio e harmonia:

  • Fones com cancelamento de ruído ajudam a proteger a audição e o cérebro.

  • Música suave em 432 Hz ou sons da natureza podem mascarar o barulho externo e induzir ondas cerebrais mais equilibradas.

  • Meditação e respiração consciente ensinam o cérebro a não reagir com tanta intensidade a cada estímulo.

  • Sempre que possível, busque momentos em contato com a natureza — mesmo breves — para que o cérebro retome seu ritmo natural.


Entre ruído e silêncio

Nosso cérebro é, sim, uma antena delicada. Ele capta tudo: das ondas invisíveis que cruzam o ar ao som estridente de uma buzina. Mas também é capaz de encontrar equilíbrio quando oferecemos pausas, música e silêncio.

No fim, a questão não é apenas o que entra, mas como ensinamos a mente a ressoar. Entre o barulho do mundo e o silêncio que criamos dentro de nós, está o espaço onde reencontramos paz e consciência.

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Drika Gomes   Todos os Direitos Reservados

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